Enganam-se
aqueles que pensam que estamos aqui “apenas de passagem”, que somos meros
espectadores da existência, frutos do acaso, ou ainda, que somos fantoches de um ser
superior, caprichoso, vaidoso e dominador, que não permite pilotarmos nosso próprio
barquinho. Definitivamente, não!
Somos agentes da própria história,
responsáveis diretos pelo que nos habita: pelo que alimenta nossas emoções,
comportamentos, decisões, inclinações; nossas almas.
Somos
resultado dos caminhos que escolhemos e que acolhemos como sendo a nossa verdade.
O que introjetamos em nós, a partir das experiências de vida que acumulamos, tem
grande relevância e influência na formação da nossa personalidade e no nosso estado de
espírito.
Eis
a questão! Invariavelmente, não há filtros! Não somos seletivos, não somos
criteriosos, ou cuidadosos o suficiente para eleger com que nos alimentamos.
Entulhamos
nosso ser com uma infinidade de “doenças da alma” por não fazermos nossas
paradas e não refletirmos sobre nossas fraquezas, limitações, vulnerabilidades,
tampouco, entendendo qual a nossa verdadeira essência, quem somos.
Fragilizados
pela ação poderosa do nosso sorver distraído, viramos presa fácil de processos
depressivos, de ansiedade, de estresse, e uma infinidade de outros transtornos.
Viver
é um ato individual, precioso, é a nossa retribuição ao privilégio da
existência, portanto, não pode ser desperdiçado, vivido de qualquer forma,
sem discernir o próprio coração.
Viver
requer autoconhecimento, sensibilidade, bom-senso, serenidade, perdão, amor
próprio, reflexão, bom humor, esperança, saúde mental.
Não
cabe nesta bagagem existencial, a rigidez dos pensamentos, os julgamentos
precipitados, o repasse dos nossos equívocos.
Somente um processo de individuação bem resolvido, trará elementos essenciais para o viver coletivo, pacificado.
Viver,
portanto, é sobreviver ao caos das nossas próprias escolhas, sejam elas
definitivas-conscientes, ou acidentais-incautas.
Quando
percebemos isso, nos assenhoramos da nossa própria história, ao menos, nas
questões que estão sob nossa direção.
Está
em nós decidir sobre guerra ou paz.
Paz!
Sandro
Uma madrugada de fevereiro de 2019
Uma madrugada de fevereiro de 2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário